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Em 1912, quando tinha 23 anos, o pai de Olave, que a cada ano viajava ao exterior, convidou-a a acompanha-lo em uma viagem às Índias Ocidentais. Embarcaram no "Arcadian". Neste barco viajava, acompanhado de vários oficiais, Lord Robert Baden-Powell, que nesta época já ostentava o título de Lord, e gozava de grande popularidade e reputação em muitos países do mundo. Um amigo de seu pai apresentou Olave a Robert. Ele tinha 55 anos naquela época, o que não impediu que entre os dois nascesse um grande amor, já que possuíam as mesmas idéias e aspirações. O curto tempo da viagem, foi suficiente para compreender que haviam nascido um para o outro e seus futuros lhe preparavam uma grande missão.

 

Quando deixaram a Jamaica, Baden-Powell e Olave estavam noivos e, em outubro do mesmo ano, casaram-se, indo passar sua lua-de-mel na África, iniciando uma vida em comum que foi enriquecida por três filhos: Peter que nasceu em 1913, Heather em 1915 e Betty em 1917.

 

Nestes anos já havia muitos grupos de Bandeirantes na Inglaterra e sua Presidente era a irmã de Lord Baden-Powell, Agnes. Havia uma grande necessidade de dirigentes e coordenadores e por esse motivo em 1914, Lady Baden-Powell entra para o Movimento Bandeirante e dedica seus esforços na área onde residem. Pouco a pouco se deu a conhecer por sua organização, sua liderança, seu entusiasmo e personalidade. Em 1916 a Inglaterra atravessava uma época difícil, pois a guerra impedia que fossem realizadas muitas atividades Bandeirantes. Os poucos grupos ativos de Bandeirantes dedicavam-se aos primeiros socorros, emergências e serviços.

 

Em 1918 foi nomeada Chefe Bandeirante da Grã-Bretanha. Também em 1918, Olave recebeu o "Gold Fish", medalha que só a ela foi concedida, pois é mais importante que o próprio "Silver Fish", a mais alta condecoração do Bandeirantismo Inglês. Com a colaboração de Olave neste mesmo ano é impresso o primeiro exemplar Bandeirante já dirigido a menina, conhecido como o livro de Baden-Powell (Girl Guiding), se agrega a este manual, especificamente para treinamentos o livro chamado "treinando meninas como Guias". 

 

Entre 1941, a morte de seu esposo, e 1970 ela visitou mais de cem países e assistiu a quase todas as Conferências Mundiais. Desta forma a conheceram, as meninas e as dirigentes de todo mundo tendo deixado em todas elas uma recordação sobre sua grande personalidade. Em 1959, Olave Baden-Powell veio ao Brasil, quando tinha exatamente 70 anos.

OLAVE BADEN POWELL

O CASAMENTO COM BP

Olave St. Clair Soames nasceu no dia 22 de fevereiro de 1889 na Inglaterra (falecida em 25 de junho de 1977). Seu pai Harold Soames e sua mãe Katherine Hill tiveram mais dois filhos, um menino chamado Arthur e uma outra menina chamada Auriol, quando nasceu Olave, puseram este nome porque esperavam um filho homem que se chamaria Olaf.

A Vida de Olave, desde pequena foi feliz e sempre rodeada de pessoas queridas. Apesar de sua saúde precária nos primeiros anos, o contato permanente com a natureza e sua vida ordenada a transformou numa jovem sadia e alegre, forte e com uma incrível energia. Nunca foi para colégios ou centro superiores mas foi educada por instrutores que eram parte da família.

Sempre se interessou por música e tocava violão muito bem. Olave foi uma grande interessada em esportes, praticou tênis, remo, patinação, montava a cavalo, andava de bicicleta e quando estava cansada conduzia carruagem e automóvel. Nesta época, há algo de curioso em sua vida: apesar de gozar de tudo aquilo que uma jovem poderia ambicionar, sentia um grande vazio em sua vida, em seu interior queria ser útil e poder servir aos demais.

Por ser muito jovem não a aceitaram na escola de enfermagem o que a fez desistir de seguir alguma

carreira.

Ao atingir a maturidade, Olave achou que a vida da sociedade de sua época era bastante monótona e, por isso, resolveu dedicar-se aos meninos inválidos, que ela recolhia em Bornemouth, onde cuidava deles. 

LADY OLAVE 
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